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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Deus



Mesmo para os descrentes há a pergunta duvidosa: e depois da morte? Mesmo para os descrentes há o instante de desespero: que Deus me ajude. Neste mesmo instante estou pedindo que Deus me ajude. Estou precisando. Precisando mais do que a força humana. E estou precisando da minha própria força. Sou forte mas também sou destrutiva. Autodestrutiva. E quem é autodestrutivo também destrói os outros. Estou ferindo muita gente. E Deus tem que vir a mim, já que eu não tenho ido a Ele. Venha, Deus, venha. Mesmo que eu não mereça, venha. Ou talvez os que menos merecem precisem mais. Só uma coisa a favor de mim eu posso dizer: nunca feri de propósito. E também me dói quando percebo que feri. Mas tantos defeitos tenho. Sou inquieta, ciumenta, áspera, desesperançosa. Embora amor dentro de mim eu tenha. Só que não sei usar amor: às vezes parecem farpas. Se tanto amor dentro de mim recebi e continuo inquieta e infeliz, é porque preciso que Deus venha. Venha antes que seja tarde demais.

Clarice Lispector

domingo, 26 de setembro de 2010

Simples assim.


Você tá super seguro de si. Tá tudo " nos conforme ", tudo anda as mil maravilhas. Você pensa, " Pra que melhor ? ". Quanto ao amor... Você ainda pensa como seria se estivesse apaixonado por alguém, se encontrasse alguém que correspondesse o sentimento, mas tudo isso é só mais um questionamento, e você chega a pensar que é algo dispensável. Você consegue sim viver sem amor. É o que você diz. Esse bando de pessoas bobas, melosas, que não param de falar dos seus " loves " parece algo que você realmente não precisa. Pronto. Aí alguém te conquista notoriamente, você percebe, você sente, só não admite ainda. Pra você é fácil esse processo da vida, ela gosta, você gosta, não passa disso. Você não sente nada profundo até então. Mas o sentimento continua, você vira mais uma dessas pessoas bobas, melosas, que não param de falar dos seus " lovers ". Aí, fudeu.

Por: Bárbara Penacho.

domingo, 5 de setembro de 2010

Ela...


Acorda e sente a brisa no rosto, sai à procura de um lugar verde, com cheiro de natureza. Mas não bastava ter o cheiro da natureza, tinha que ter o verde pra completar. Senta e na calma que o dia lhe oferece, sente o vento. Vento tão bom, quanto o sentimento que recentemente lhe ocupa o coração. Pensa. Pensa em tudo que vivera até ali e tudo que ainda quer viver. Percebe que ultimamente, o amadurecimento é seu companheiro segundo por segundo, dia após dia. Deita-se sobre a grama verde, que não poderia faltar. Fecha os olhos, e como se estivesse se preparando pra uma corrida acirrada... Suspira. Continua a pensar, a sentir, permanece com os olhos fechados e sente. E de repente, algo tapa a luz que estava sobre o seu rosto, não era uma nuvem ao cobrir o Sol. Era ele, a presença dele. Estava ali e ela não soube por que, e nem como ele chegou. Talvez tenha sido o universo, conspirando a favor. Ou o simples fato dele sentir o mesmo por ela.

Por: Bárbara Penacho.

sábado, 4 de setembro de 2010

Fica do meu lado até o Sol chegar ♪


(...) Meu coração é orquídea que abre de vez em quando, pra curar machucado ou pra amar quem eu amo. To aprendendo a lutar contra as emoções de engano, não choro mais com tanta facilidade e já ganho. Não sofro mais com a maldade que anda rodeando, tenho alguém em quem confio e eu to confiando. Quem tem respeito tem, e quem não tem tá panguando. Quem tá comigo tá e quem não tá, não to nem ligando. Fica só pra esperar o Sol, chega só pra esperar o Sol, fica do meu lado até o Sol chegar ... enquanto a estrada não chama ♫

Esperar o Sol - Flora Matos.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

É melhor quando ...


A gente não espera algo bom, e ele simplesmente acontece. Acho que quando a gente não ta na expectativa fica mais gostoso, interessante. Acho também que tudo acontece na hora certa, ou não. Pode ser que sem perceber a gente faça a " hora certa ". Tem vezes que acordamos sem nenhuma esperança de dia bom. As vezes você acorda cansado, doente, desacreditado ... e espera um dia tão sem graça, um dia sem vida. E de repente, tudo muda!. Muda mesmo, você conhece alguém interessante, tão interessante ao ponto de, ao conhecer, fazer você conhecer a si mesmo. Alguém legal, se bem que legal é muito vago. Alguém convicto, verdadeiro, comum e raro ao mesmo tempo, de bom papo, cabeça boa, intrigante. E isso, na companhia de uma bela tarde, calma, com um vento bom, trazendo sentimentos bons, esperança, renovação. Te faz lembrar que não há um fim, há sempre um recomeço.

Por: Bárbara Penacho.